“Quando um homem assume um cargo público, deve considerar-se propriedade do público.” Thomas Jefferson
A política de Baianópolis nunca foi para os fracos. Ao longo dos anos, assistimos a embates acirrados no plenário da Câmara, discursos inflamados e promessas de moralidade. Mas a verdade se revela nos atos — ou na ausência deles. Hoje, a população observa estarrecida enquanto “leões” de outrora, conhecidos por rejeitar projetos com fervor, transformam-se em “gatinhos mansos” diante da necessidade de cumprir acordos políticos obscuros a trabalhar pela população.
A Farsa dos “Cinco Homens de Palavra”:
Os “cinco homens de palavra” da Câmara são hoje a personificação de tudo que há de errado na política local. Antes “leões” que rugiam contra qualquer projeto que julgassem inadequado, hoje não passam de raposas ladinas, prontas para negociar qualquer voto em troca de conveniências políticas. Suas decisões são tão volúveis quanto seus discursos inflamados, recheados de frases de efeito que caem como uma máscara ao menor sinal de oportunidade pessoal.

- Cultura Rejeitada, Indústria Aprovada em Um Piscar de Olhos:
É impossível esquecer a rejeição veemente, na legislatura passada, da criação de uma Secretaria de Cultura. Na época, os mesmos vereadores que hoje aprovaram relâmpago a criação da Secretaria de Indústria e Comércio vociferavam sobre “responsabilidade fiscal” e “prioridades do município”. Agora, com discursos calados e cabeças baixas, aprovaram a nova secretaria sem pestanejar, apenas para cumprir acordos políticos obscuros. Coerência? Nunca ouviram falar. - Subserviência Como Regra:
Antes ferozes defensores da moralidade e da transparência, hoje eles se dobram como gatinhos mansos ao menor sinal de pressão do Executivo. Quando confrontados, recorrem ao velho discurso de “é para o bem da população”, mas, na prática, suas decisões só beneficiam seus próprios conchavos políticos.
A Luz na Escuridão: Cássio Vinícius de Lima e Joselito de Lima Pinto
Apesar desse cenário deprimente, duas vozes de resistência se destacaram: Cássio Vinícius de Lima e Joselito de Lima Pinto. Ambos votaram contra a criação da nova secretaria, provando que ainda há espaço para sobriedade e coerência no Legislativo de Baianópolis.
- Cássio Vinícius de Lima surpreendeu ao manter sua postura firme e coerente. Mesmo sendo aliado da gestão passada, votou contra a criação da Secretaria de Cultura naquela ocasião e, agora, reafirmou seu compromisso ao se opor à Secretaria de Indústria e Comércio. Isso, sim, é coerência, um artigo raro na política local.
- Joselito de Lima Pinto se juntou a essa resistência, mostrando que nem todos na Câmara estão dispostos a aceitar cegamente os jogos políticos do Executivo. Sua postura deixa claro que a fiscalização e a crítica ainda têm espaço, mesmo em meio à pressão dos “leões que viraram gatinhos”.
O Início de Um Pleito Obscuro:
A velocidade com que a Secretaria de Indústria e Comércio foi aprovada mostra que este novo pleito pode estar seguindo um caminho perigoso. Tanto o Legislativo quanto o Executivo parecem mais interessados em atender aos próprios interesses do que em trabalhar pela população. O que deveria ser um começo promissor já se apresenta como uma continuação de práticas velhas e corrosivas.
Conclusão:
Se os vereadores não têm coragem de sustentar sua palavra, que ao menos abandonem a hipocrisia e assumam de vez que não estão ali para o povo, mas para si mesmos. Baianópolis não precisa de “cinco homens de palavra” que trocam de posição como quem troca de fantasia no picadeiro político. A cidade merece líderes firmes, comprometidos e verdadeiros.
Por sorte, Cássio Vinícius de Lima e Joselito de Lima Pinto mostraram que ainda existe quem leva o mandato a sério. Que seus exemplos inspirem outros a tirar a máscara e a encarar o verdadeiro papel do Legislativo: trabalhar para o povo, e não para a manutenção de acordos políticos escusos.







