BAIANÓPOLIS TEM DINHEIRO, MAS VIVE O CAOS: ONDE ESTÁ A GESTÃO MUNICIPAL?

“O preço da liberdade é a eterna vigilância.”Thomas Jefferson

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A gestão municipal continua demonstrando um descontrole alarmante dos recursos públicos. O município não está sem dinheiro, mas sim sem gestão. A população paga o preço da incompetência enquanto milhões de reais entram nos cofres públicos sem qualquer reflexo na qualidade de vida dos cidadãos.

A prefeitura de Baianópolis-BA recebeu mais de R$ 7,2 MILHÕES em repasses apenas no mês de janeiro de 2025, segundo dados oficiais do Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação. No entanto, a realidade enfrentada pela população é de abandono total:

  • Aulas adiadas por “falta de estrutura”;
  • PSFs fechados, deixando a população sem atendimento básico de saúde;
  • Farmácia básica desabastecida;
  • Estradas em estado de calamidade;
  • Bairros tomados pelo mato e pela sujeira.

A narrativa de falência do município não se sustenta diante dos números. Se há crise, ela é de planejamento e gestão, não de falta de recursos. Os recursos financeiros estão lá, mas o que falta é uma gestão responsável e eficaz.

O DINHEIRO CHEGOU, MAS OS SERVIÇOS SUMIRAM

Apenas no primeiro mês de 2025, Baianópolis recebeu R$ 7.212.297,70 em repasses, sendo mais de R$ 5,7 MILHÕES líquidos após deduções. Destacam-se os seguintes valores:

  • FPM (Fundo de Participação dos Municípios): R$ 2.642.690,65;
  • ICMS Estadual: R$ 1.283.317,77;
  • FUNDEB (Educação): R$ 2.502.233,69;
  • Fundo de Saúde (FUS): R$ 600.051,87.

Com tanto dinheiro entrando nos cofres municipais, por que as aulas ainda não começaram? Por que os PSFs estão fechados? Por que os remédios não chegam às farmácias públicas?

DESCASO E INCOMPETÊNCIA: A POPULAÇÃO SOFRE

A educação é uma das áreas mais prejudicadas. Mesmo com um repasse robusto do FUNDEB, o início das aulas foi adiado sem justificativa convincente. Professores e pais de alunos relatam falta de materiais, estrutura precária e desorganização.

Na saúde, o cenário é ainda pior. Postos de Saúde estão fechados, e o abastecimento da farmácia básica é um caos. Pacientes que dependem de medicamentos fornecidos pelo SUS são obrigados a comprar do próprio bolso ou simplesmente ficar sem tratamento.

Enquanto isso, as estradas vicinais estão intransitáveis. O transporte escolar e o escoamento da produção rural ficam comprometidos. Os bairros da cidade estão tomados pelo mato, expondo a população a riscos sanitários e inseguros.

O ESTADO NÃO RECONHECE A “CALAMIDADE”

Conforme matéria veiculada pelo Dubai em Pauta (link), a recente decisão do Governo do Estado da Bahia de manter o início do ano letivo nas escolas estaduais entre os dias 10 e 12 de fevereiro de 2025 evidencia a falta de reconhecimento da alegada calamidade administrativa proclamada pela gestão municipal de Baianópolis. Enquanto a administração municipal buscava adiar o início das aulas, alegando problemas como indisponibilidade de transporte escolar e falta de professores, o Estado manteve o calendário original, indicando que não corrobora a narrativa de crise apresentada pela prefeitura. Isso deixa claro que a alegação de calamidade administrativa pode ser um artifício para encobrir decisões desastrosas da administração municipal e justificar falhas na prestação de serviços essenciais.

SABEMOS PARA ONDE O DINHEIRO ESTÁ INDO

Conforme matéria veiculada pelo Dubai em Pauta (link), contratos suspeitos e gastos exorbitantes indicam o destino dos recursos públicos. Entre os principais contratos duvidosos da atual gestão, destacam-se:

  • R$ 5.937.204,00 para terceirização de serviços administrativos com a empresa MG Locações e Serviços Ltda, levantando suspeitas de desvio do princípio do concurso público.
  • R$ 1.300.000,00 gastos com eventos, enquanto escolas e unidades de saúde estão em situação crítica.
  • R$ 546.000,00 para manutenção de poços artesianos, sem transparência no processo licitatório.
  • R$ 168.000,00 para gestão de mídias sociais, com contratação direta e sem concorrência adequada.

Além disso, a falta de transparência em contratações e a alteração de editais de forma duvidosa demonstram que a atual administração não prioriza a população, mas sim interesses obscuros.

ONDE ESTÁ A PREFEITURA?

A atual gestão insiste em um discurso de “terra arrasada” e declara calamidade administrativa. Mas os fatos provam que a calamidade é a incompetência. Havia dinheiro em caixa, há dinheiro entrando todos os meses, mas não se vê ação concreta para resolver os problemas.

A população de Baianópolis precisa cobrar respostas e exigir uma administração eficiente. Cada cidadão tem o direito de saber para onde está indo o dinheiro que deveria garantir uma cidade funcional e digna para todos. É preciso transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos. O dinheiro existe. O que falta é trabalho.

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