“Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas por algum tempo, mas não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.”
— Abraham Lincoln
Nos últimos dias, um blog de informação concorrente publicou uma matéria exaltando uma suposta manutenção emergencial realizada na estrada que liga os povoados de Lagoa Clara e Queimado, em Baianópolis. A publicação buscou apresentar ações da administração municipal como eficientes e resolutivas. No entanto, a realidade relatada pelos moradores é bem diferente do que foi alardeado.
Segundo diversas denúncias feitas pela própria comunidade, o material utilizado na “manutenção” não é cascalho de qualidade, como tentaram fazer crer, mas sim um material de baixa resistência e inapropriado para a melhoria real da via (BARRO). Além disso, registros em vídeo mostram que o material foi despejado de forma completamente equivocada, criando um perigoso zigue-zague ao longo da estrada, tornando o trajeto ainda mais arriscado para os motoristas e moradores que dependem dessa rota diariamente.

Diante dessa realidade, fica evidente que a gestão municipal não conseguiu solucionar o problema de forma eficaz, e a divulgação das ações de manutenção não condiz com o que foi constatado pelos moradores. Essa situação levanta questionamentos sobre a efetividade das medidas adotadas e se há um planejamento técnico adequado para garantir melhorias reais na infraestrutura viária.
O que a comunidade exige é uma intervenção real, planejada e eficiente, e não uma solução apressada que parece priorizar a divulgação midiática em detrimento da segurança e funcionalidade da estrada. Além disso, é importante destacar que, ao contrário do que foi alegado em outra reportagem, os equipamentos anteriormente descritos como sucateados estavam operando em plena forma, evidenciando ainda mais as contradições presentes na narrativa propagada.
Cabe ressaltar que normas técnicas, como a NBR 9735 da ABNT, recomendam que, ao deixar material na pista para manutenção, sejam implementadas sinalizações adequadas, como placas indicativas, barreiras de segurança e desvios bem demarcados. Além disso, a distribuição do material deve ser feita de forma uniforme, evitando acúmulos irregulares que possam comprometer a segurança viária. No entanto, tais medidas não foram observadas, agravando ainda mais os riscos à população.
Nos dias atuais, não podemos mais contar com uma equipe despreparada e sem conhecimento técnico do que se está fazendo. A necessidade de um corpo técnico qualificado nos cargos de chefia se torna cada vez mais essencial, não permitindo que esses postos sejam ocupados apenas por critérios políticos. A falta de planejamento adequado compromete diretamente a vida da população e a qualidade da infraestrutura, impedindo avanços concretos e eficazes na cidade.
Até quando a população de Baianópolis terá que conviver com a falta de planejamento, transparência e compromisso na gestão pública? O povo merece mais do que promessas vazias e gestos midiáticos.
Seguiremos atentos e cobrando, pois a verdade, por mais que tentem encobrir, sempre vem à tona.

