Recadastramento: Um Circo Montado para Esconder a Incompetência da Nova Gestão

“Quando a incompetência veste a capa da desculpa, quem paga o preço é o povo.”

O início de 2025 trouxe à tona o que muitos temiam: a nova gestão da Prefeitura de Baianópolis não estava preparada para assumir o comando. Em vez de apresentar soluções claras e efetivas para os problemas da cidade, a administração resolveu encenar um espetáculo com o Decreto nº 004/2025, obrigando servidores a um recadastramento que nada mais é do que uma tentativa de desviar a atenção da população para sua flagrante incapacidade administrativa.

Recadastramento: Real Necessidade ou Apenas Palhaçada?

Sob o pretexto de “organizar” os dados funcionais dos servidores, o decreto impõe exigências desproporcionais e prazos absurdos. Apenas cinco dias úteis foram dados para que centenas de trabalhadores apresentassem uma lista extensa de documentos, incluindo certidões que muitos sequer têm em mãos. O resultado? Filas, correria e estresse, enquanto a gestão posa de salvadora da administração pública.

Mas será que o recadastramento é mesmo necessário? Ou seria mais uma manobra para justificar os fracassos já evidentes de uma gestão que, em menos de um mês, se declarou em “estado de calamidade administrativa”? Ora, se o próprio governo admite que não consegue sequer organizar as pastas que assumiu, como esperar que esse mesmo governo tenha condições de realizar algo tão básico quanto um recadastramento?

Calamidade Administrativa ou Gestão Amadora?

O Decreto nº 030/2025, publicado dias antes, declara calamidade administrativa em Baianópolis. A justificativa? O gestor anterior não entregou documentos essenciais, deixando um “vazio” administrativo. Porém, a pergunta que não cala é: como a nova gestão, sabendo das dificuldades da transição, não se preparou para lidar com os desafios? Culpar a gestão anterior pode ser conveniente, mas não resolve problemas reais.

A calamidade administrativa declarada soa mais como uma desculpa esfarrapada para esconder o despreparo da atual administração, que até agora só apresentou medidas ineficientes e punitivas.

Os Servidores como Bodes Expiatórios

Enquanto a gestão tenta desviar o foco, quem paga a conta são os servidores. A ameaça de suspensão do pagamento para aqueles que não comparecerem ao recadastramento é inaceitável, ainda mais diante de tantas falhas no processo. A prefeitura não fornece alternativas práticas, como canais digitais para facilitar o cadastro, e coloca trabalhadores em uma situação de vulnerabilidade.

Essa postura autoritária não é só injusta, mas também revela a incapacidade de entender que o funcionalismo público é a base da máquina administrativa. Em vez de valorizar esses profissionais, a gestão os trata como culpados pelo caos que ela mesma criou.

Um Chamado à População

Chega de desculpas, decretos vazios e manobras para mascarar a incompetência. A população de Baianópolis precisa se levantar e exigir transparência, planejamento e, acima de tudo, respeito. O recadastramento, do jeito que foi imposto, é apenas um teatro para desviar a atenção do verdadeiro problema: a falta de preparo e comprometimento da nova gestão.

Se a administração quer provar sua capacidade, que comece apresentando resultados concretos e soluções reais. Caso contrário, ficará claro para todos que o único objetivo desse circo é esconder o fracasso que já começou a tomar forma.

Baianópolis merece mais do que promessas vazias e decretos inúteis. Merece líderes que estejam à altura de suas responsabilidades. E a população tem o direito – e o dever – de cobrar isso.

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